domingo, 29 de outubro de 2023

10 VERDADES SOBRE A VIDA QUE NÃO PODEMOS ESQUECER

 

1 – Todas as pessoas que você ama vão morrer, inclusive os seus pais. Por isso valorize-os e aproveite o momento que estiver com eles.

2 – Nós vamos envelhecer e não há nada que você possa fazer com isso. Portanto, seja generoso consigo mesmo e entenda que, envelhecer é um privilégio.

3 – Valorize as pequenas coisas e as coisas simples da vida. Viver é um privilégio e a vida é feita também com simplicidade.

4 – O tempo não volta. Portanto, evite sofrer com aquilo que passou, mas não deixe de pensar sobre o futuro: ele será passado amanhã.

5 – Amizades e relacionamentos acabam e não há nada de errado com isso. Existem situações que dão certo por um tempo menor e outras por um tempo maior. Todas possuem o seu significado.

6 – Não somos definidos por aquilo que temos. Nós somos definidos pelo que somos e isso precisa ser cultivado todos os dias.

7 – Você vai se frustrar. As pessoas vão te decepcionar e assim segue a vida. É preciso preparar-se para isso e continuar seguindo.

8 – Muita gente não vai gostar da gente. Quando temos a necessidade de ser querido e agradar a todos, geralmente não agradamos ninguém, ou, muitas vezes acabamos ferindo a nossa relação com quem realmente importa.

9 – Nem tudo aquilo que sonharmos ter, iremos ter e isso faz bem para não esquecermos dos nossos limites e das nossas possibilidades.

10 – Nós vamos morrer e não sabemos o dia. Embora pensemos pouco sobre esse assunto, é preciso preparáramos para ele.


Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO

sábado, 26 de agosto de 2023

A AUTO SABOTAGEM E A NOSSA IMPERFEIÇÃO

É importante que percebamos o que estamos fazendo com os nossos dias, para conseguirmos aproveitar os poucos dias que nos restam. Há buscas que não nos levam a lugar nenhum e essa corrida desenfreada nos envelhece e nos aumenta o sofrimento.

É bom aprendermos cedo que filhos crescem e saem de casa; que nossos pais envelhecem e vão embora cedo demais; que emprego a gente troca, arruma outro e pode continuar insatisfeito; que a graduação a gente termina e mesmo assim continua estudando.

Precisamos entender que é bobagem ficar provando o tempo todo que é especial para ser aceito; que não fazer parte de um grupo é muitas vezes o melhor remédio para nossa saúde mental e que nossa individualidade deve mesmo ser levada a sério, para não ser explicada, explicitada e até molestada. Entender que nem sempre é necessário provar para o mundo que emagrecemos, que estamos felizes no relacionamento e que fechamos um excelente negócio.

Temos que buscar compreender que a melhor comparação a ser feita é com a gente mesmo e que o padrão com o qual nos comparamos no outro é muitas vezes insatisfação para ele também. É bom lembrar de vez em quando que não vamos e nem precisamos conseguir tudo; que não somos bons em tudo e que temos limites e precisamos respeitá-los.

Vale a pena estar ciente de que não somos de ferro; que sentimentos ruins e experiências desagradáveis vão acontecer e que eles fazem parte da experiência de se construir ser humano. Compreender e não ter vergonha de mudar quando necessário até porque mostramos que somos inteligentes quando temos a capacidade de mudar.

Precisamos aceitar, que a auto sabotagem, muitas vezes, é a necessidade de que algo não aconteça para não perdermos, para não errarmos e para que nossa imperfeição não apareça. Se respeitar não sendo intolerante consigo mesmo começa por não permitir que o outro seja intolerante conosco.

Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO

quinta-feira, 20 de julho de 2023

PERFECCIONISMO: A ENFERMIDADE DA PERFEIÇÃO

Não esqueça: é preciso tentar ser leve o tempo todo, embora isso não seja uma atividade fácil. O perfeccionismo pode ser considerado um traço da nossa personalidade que busca desenfreadamente a excelência em tudo o que vai ser feito. Segundo a OMS, o perfeccionismo é identificado com um transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo, portanto, não é uma doença, mas é um problema.

No entanto, este comportamento praticado de forma exacerbada pode ser sintomas de uma vida pesada e com isso simbolizar um peso e assim, desencadear questões de ordem mental como insônia, fobias, depressão e principalmente a ansiedade.

Embora querer fazer tudo da melhor maneira possível e com a menor margem de erros pareça positivo, a médio prazo isso pode levar a comportamentos implacáveis e intolerantes consigo mesmo e com os outros. A busca pelo desempenho e resultados cada vez melhores vão se tornando insuportáveis e impraticáveis. Fazer bem feito deve sim ser um hábito do ser humano, porém, nesse sentido, o equilíbrio é o caminho para conciliar esse comportamento fazendo ele trabalhar ao seu favor.

O equilíbrio é necessário, pois ao tentar fazer com que tudo seja feito de forma perfeita, o sujeito tenta assim esconder a sua fragilidade, a sua humanidade, para evitar julgamentos, críticas, desaprovação e rejeição. Ao oposto disso, ele cria regras rígidas para si e para os outros e, com isso, corre o risco de ultrapassar o limite daquilo que é saudável e normal.

A busca pela perfeição faz com que o sujeito sinta-se incapaz, fraco, inseguro e frustrado, em especial quando não alcança aquilo que ele impôs a sim mesmo. É sempre duro demais consigo a ponto de não celebrar suas realizações, mesmo aquelas que não são perfeitas e/ou completas. Quase nunca que faz é suficiente.

Importante lembrar que somos humanos e tudo bem cometer erros e não ser perfeito. Viver é um processo e são nas falhas que evoluímos e crescemos.


Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO

 


quarta-feira, 7 de junho de 2023

NÃO ADIANTA FUGIR

 


É bem comum falarmos que estamos fugindo de algo que sabemos que precisamos fazer, de algo que nos incomoda, sobre algo que precisamos aceitar ou em toma uma decisão. Mas porque fazemos isso?

Uma das razões, é que ao percebermos que estas situações nos causam mal estar, colocamos o que foi percebido no inconsciente, como forma de proteção e de fugir dessa dor. É importante lembrar que nem sempre essas ameaças estão no mundo exterior, mas sim dentro de nós mesmos, construído nos mais variados sentimentos e emoções.

Na medida em que tais situações fogem ao nosso controle e elas acabam sendo feitas, a reação mais comum é não querer falar sobre elas ou até mesmo racionalizar dizendo, por exemplo, se auto afirmando como ser humano e questionando quem nunca fez aquilo ou que se comportou daquela maneira.

Portanto, esta é uma das maneiras mais evidentes de se tornar prisioneiro daquela atitude ou comportamento que não se deseja ter.

E como melhorar isso? A liberdade pode consistir exatamente em ter consciência destes comportamentos. A realidade, embora não seja a mais agradável, é preciso entendermos que é com ela que trabalhamos e mesmo que momentaneamente é ela que temos. Se possível for, ela pode ser modificada, mas nunca será fugindo dela.

Reconhecer que se está preso pode ser um passo fundamental para a busca da liberdade.


Paulo Veras
 é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO


segunda-feira, 1 de maio de 2023

O SEGREDO É CONTINUAR A SER CRIANÇA, SEM CONTUDO, SER INFANTIL


Não é uma tarefa tão simples e é comum que no dia a dia usemos os dois conceitos como se fossem sinônimos. No entanto, são termos que se diferem. Manter viva a sua criança interior, nada tem a ver com externalizar o infantilismo que muitos usam para seguir com suas vidas.

Ser criança diz respeito ao indivíduo, ao ser nos momentos iniciais da vida, a um ser humano de pouca idade. O que se vive nesta fase, são determinantes psíquicos e podem nos acompanhar até a vida adulta e lá permanecem, não como traço de imaturidade, mas compondo a vida psíquica de cada um de nós.

No que se refere a infância, existem sérias mudanças de um contexto para o outro, varia de cultura para cultura e não existe uma cronografia universal da infância, pois é categoria histórica. Vale ressaltar que o modo de se pensar a criança foi totalmente mudado a partir da invenção da infância.

Portanto, a transição da infância para a fase adulta é um verdadeiro desafio para muitos. Isso porque embora adultos, continuam a agir com infantilidade como se crianças fossem. E continuar a ser criança pode, o que não é concebível é continuar com comportamentos infantis, porque a infância tem data pra começar e terminar. Ter atitude para não agir de forma infantil, assumir responsabilidades e lidar com a próprias emoções fazem parte dessas mudanças.

Ser imaturo, recusar-se a assumir seus erros e procurar resolvê-los, ser incapaz de lidar com pressão e responsabilidades, além de não conseguir se posicionar de forma madura quanto às exigências sociais, vitimizando-se sempre, denunciam um adulto ainda infantilizado está agindo mais como criança do que como adulto.

A inacessibilidade emocional, a teimosia repetitiva, a reatividade seguida do mimo e a falta do diálogo, também representam a infantilidade na prática. Adulto não resolve a vida comportando-se a tudo somente com muita raiva; com muito medo, com muita birra ou se isolando sem pensar no outro. Adulto dialoga porque cresceu.

 

Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO


segunda-feira, 3 de abril de 2023

HÁ SEMPRE CRIANÇAS FERIDAS ESCONDIDAS EM ADULTOS DIFÍCEIS

 


A visão e a maneira como passamos a ver a criança, o infantil, bem como as suas representações, passaram a ser reveladas por Freud (1907/1976), quando disse que a criança sente tristeza, solidão, raiva, desejos destrutivos, vive conflitos e contradições, é portadora de sexualidade, escapa ao controle da educação e “[...] é capaz da maior parte das manifestações psíquicas do amor, por exemplo, a ternura, a dedicação e o ciúme.”

Foi a partir de então, que a psicanálise, traz um novo olhar sobre o ser humano, não como indivíduo (somente), mas também como marca de um passado, formado e significado pela sua infância. Sendo assim, a infância não se trata somente de uma fase na nossa formação, mas nos ajusta e nos marca pelo inconsciente, que é inquietante, impreciso e em construção.

Portanto, o que acontece na infância, não fica lá. Algumas marcas permanecem por longos anos e podem atrapalhar muito a idade adulta. Já pensou, por exemplo, quanta dor temos guardada, quando decidimos machucar alguém? Ou, já pensou, o gasto emocional que fazemos para não enfrentar e dar nomes a certas emoções reprimidas, que acabam saindo em forma agressão e escolhas mal sucedidas? Tem pensando, que os maus tratos que subjugamos a nós mesmos e aos outros, refletem muito à maneira como fomos castigados como forma de educação?

O medo de ser abandonado que vivenciamos na infância, o medo de ser rejeitado, a humilhação a que fomos submetidos, a falta de confiança, a ansiedade da separação, o medo da traição e a injustiça, por exemplo, escondem questões mais profundas, sempre associadas à nossa necessidade constante de acolhimento, aceitação, pertencimento e importância.

Sobre os fatos do passado não há anulação, mas é importante saber que podem ser ressignificados. Precisam ser elaborados para não ser repetidos. Não podemos mudar o que passou, mas podemos modificar o que está por vir. Quem manda no adulto é a criança e é sempre bom que a criança seja bem educada e que não aja pelo impulso.

 

Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO

domingo, 12 de março de 2023

O ADULTO INSEGURO PODE TER SIDO A CRIANÇA BOAZINHA

 


Em conversas e palestras com os pais, o que mais ouço e vejo neles é o discurso de que o filho dá muito trabalho. Em outras palavras eles estão dizendo: meu filho não pode me contrariar e a dificuldade que eles tem em aceitar que a criança seja criança. Não se educa pensando apenas na fase da infância, mas educa-se pensando no adulto que eu quero que essa criança seja.

Talvez por isso, que a educação feita por estes pais, seja mais voltada para punir e obedecer, do que para autonomia e independência dos filhos. Assim, os filhos vão se educando para agradar os pais e não para serem adultos.

Os pais precisam entender, que existem comportamentos que embora não os agrade e deem trabalho, faz parte da infância da criança e é necessário que isso aconteça para formar o adulto que ela vai ser.

A necessidade que temos de agradar é originada da demanda de pertencimento, ou seja, ao punir a criança por fazer aquilo que não agrada aos pais, eles a educam com a ideia de que, para ser aceita, ela não pode jamais se posicionar, fazer birra, dar trabalho e acima de tudo, precisa ser uma criança boazinha e isso não sendo bem alinhado, prejudica em muito o futuro da criança.

Sim, educar dá trabalho e é por isso que exige dos educadores uma postura que vá além de fazer a criança cumprir os seus caprichos. Veja por exemplo, o adulto que tem o desejo de agradar os outros a todo custo e que não vem da vontade de ver os outros felizes, mas da sua insegurança e falta de autoestima.

São adultos que em sua infância aprenderam que o amor está ligado à obediência, a não dar trabalho, a agradar e serem sempre subordinados. Geralmente são adultos que sofrem em dizer não, com dependência emocional, baixa autoestima, lutam sempre para serem generosas, aceitas, queridas e compreensivas com todos, pois aprenderam que assim serão amadas e nunca serão rejeitadas.

 

Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO

10 VERDADES SOBRE A VIDA QUE NÃO PODEMOS ESQUECER

  1 – Todas as pessoas que você ama vão morrer, inclusive os seus pais. Por isso valorize-os e aproveite o momento que estiver com eles. 2...