Senhores
Pais, é natural e absolutamente normal que suas crianças pequenas sintam medo. Bem
como, o nervosismo é um sentimento natural que ajuda a todos nós a lidar melhor
com as novas experiências e dessa forma, nos ajuda a nos proteger do perigo.
Os
medos das crianças pequenas, geralmente são bem específicos, como por exemplo,
barulhos, insetos, escuridão, de ficar sozinhas entre outros. Outras crianças
podem também sentir medo de situações novas ou de pessoas novas. Logicamente,
esses medos vão desaparecendo na medida em que as crianças vão crescendo e ganhando
mais idade e mais confiança nos seus atos, confiança essa, adquirida através das
pessoas que a rodeiam e do ambiente em que a criança esteja inserida.
Portanto,
é natural, que os medos irão desaparecendo aos poucos e esse tempo, pode variar de semanas,
meses ou anos. Até que isso aconteça, é normal que a criança fique lembrando e
repetindo sobre a situação ou objeto que a atemoriza. Isso poderá ser
demonstrado através das brincadeiras, desenhos, atividades e até mesmo nas
conversas que ela tenha. Fazendo isso, ele está encontrando uma saída para
lidar com a questão, no caso o seu medo.
Na
prática, como lidar melhor com tudo isso? Primeiramente jamais despreze o medo
que sua criança sente. Neste sentido, desprezar é fazer pouco caso, fazer
piada, dizer que não há nada de errado ou assustá-la mais ainda com a mesma
situação, não ajuda em nada a criança. Conversar, dizer que está junto e passar
a situação com a criança, tem muito mais efeito positivo do que se pensa.
Depois, conversar sobre o medo ou a situação ocorrida, também terá um impacto
na sua formação, extremamente positivo.
Outra
dica importante para ser usada, é resolver o medo com o seu filho e não por
ele. Muitos pais resolvem a situação pelos filhos e assim, eles sempre recorrem
aos pais para corrigirem os seus medos. O choro muitas vezes, é um sinal de pânico
para os pais, fazendo com que algumas decisões sejam tomadas de forma
automática. Resolvendo a situação que lhes causam medo junto com suas crianças,
fazem com que elas descubram uma maneira de solucionar seus medos com mais
controle e auto estima sobre aquilo que lhes assustam. Vale lembrar, que na maioria
das situações que seus filhos irão enfrentar, você poderá não estar presente.
Senhores
Pais, cuidado para não passar para os seus filhos os seus próprios medos.
Quando isso não for possível, explique que mesmo tendo medo foi necessário ser
feito determinada ação e o bem que isso causa. O que não é saudável, é o filho
se espelhar em determinado comportamento dos seus pais, pautado em medo e
pânico. Faça para ele ver, deixe você ser a “cobaia” em algumas situações e
isso causará mais conforto e mais segurança ao seu filho. Se meus pais podem, com
certeza eu também posso.
E
por fim, não exagere na proteção ao seu filho, na tentativa de que ele não
vivencie nenhuma situação que lhe cause medo. É comum, que uma das primeiras
soluções quando o medo aparece é evitar a exposição da criança, escondendo-a ou
disfarçando a realidade. É a realidade que fará você conhecer seu filho melhor,
o seu comportamento e os seus medos. Isso também fará com ele aprenda a se defender
melhor. A criança irá andar melhor e até correr, na medida em que tentou fazer
isso e isso lhe rendeu por certo, algumas quedas e alguns arranhões. Evitar
isso, é atrasar o seu caminhar e o seu correr do seu filho.
Por outro lado, sempre fique
atento ao que seu filho está sendo exposto diariamente, pois esses estímulos podem
causar-lhes medos exagerados e infundados. O acompanhamento dos pais sobre seus
filhos, podem ajudar em muito no seu desenvolvimento, além de evitar muitas práticas
nocivas ao seu crescimento.
Paulo Veras é psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escreve e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO.
Paulo Veras é psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escreve e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO.
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