De março de 2016 para cá, tanto se chorou,
tanto se nasceu; muitos morreram, outros partiram, centenas sumiram, alguns se
mataram. Há os que se casaram; há os que quiseram se separar. Uns chegaram em
nossas vidas, outros se foram. Adoecemos, perdemos, ganhamos, choramos e
sorrimos muito. Viajamos, ficamos inertes, ensandecidos, descobrimos, mentimos,
escondemos, julgamos e até falamos a verdade. Mudamos embora sem querer.
De
lá para cá, muita água passou debaixo da ponte. Muita
água parou. Muito mosquito se fez. Muito mosquito matou. Ficamos mais velhos.
Bobo também. Foi muito ruim ver algumas pessoas dependendo de nós, mas pior
ainda foi nos vermos dependendo de algumas pessoas. Dizem que é em ti que as
chuvas se despedem.
Nos teus dias comemora-se o dia do circo, da
água, da saúde, da nutrição, dos animais, da escola, da juventude e o da terra.
Nos teus dias há mais poesia, há mais flores... Teu nome já foi cantado e contado
em prosas e versos. Dos teus dias deram às mulheres apenas um, mas sabemos que
todos os dias são delas. A quaresma esse ano começa contigo.
Sabe
março, você terá 31 dias, para que as tuas águas levem para longe as dores,
tristezas, mágoas, incertezas, medos, dissabores e solidão. Que suas águas
Março, traga a fartura da colheita, das flores, do fruto, da semente e dos
grãos. Que teus dias nos faça repensar a paz, o amor e a união dos povos. Que
as tuas horas sejam de reflexão e de muitas descobertas. Até março de 2018,
pouco, muito pouco será diferente e ainda iremos chorar pelos mesmos motivos de
hoje.
Paulo Veras é psicólogo clínico e organizacional,
psicanalista, pedagogo, escreve e faz palestras, especialista em educação
especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor
universitário em Goiânia-GO.
Um comentário:
Oi Paulo!! Estou gostando do blog! Virei visitá-lo com mais frequência!
Abraço,
Lu
Postar um comentário