quarta-feira, 1 de julho de 2020

COM O TEMPO VAMOS PERCEBENDO QUE TODO JULGAMENTO É UMA CONFISSÃO




É no julgamento que temos a oportunidade de apontarmos nos outros, os nossos pontos fracos. Como todos nós temos algo a esconder, todos nós temos também a necessidade de julgar. Saber a razão por que estamos sempre apontando o dedo para o outro é descobrir como relacionamos com o nosso próprio ego.

Umas das maneiras de saber sobre esta relação é começar a prestar atenção na maneira como lidamos com os erros dos outros. Quando não temos consciência de quem somos de verdade, temos a urgente necessidade de nos sentirmos melhores que os outros, como se expressar a nossa rejeição diante de determinadas atitudes, fosse uma obrigação. Não é!

Nunca devemos esquecer que o julgamento sempre fala mais sobre quem julga do que sobre aquele que está sendo julgado. Sentir-se no direito de julgar alguém é sempre se colocar na posição de sentir-se melhor que o outro e isso, alimenta o nosso ego, fazendo com que fiquemos insuportáveis nas nossas relações.

Estar nessa condição faz com que enxerguemos as pessoas não como elas de fato são, mas sim como nós somos, isso porque, tudo o que falamos do outro é na verdade a tentativa de esconder aquilo que de certa forma é vergonhoso em nós. O outro tem o papel de ser o espelho que vai refletir aquilo que não queremos ver em nós mesmos. Não é fácil admitir, mas todo julgamento acaba sendo uma confissão.

Quando resolvemos em nós, aquilo que nos incomoda no outro, quer dizer que aquilo que não está ainda resolvido no outro, não nos incomoda mais. Significa dizer, que quando criticamos o peso de alguém, revelamos que não estamos bem com o nosso. Isso se aplica para os seus relacionamentos, sua sexualidade, sua religião, sua carreira e sua família.

Pessoas bem resolvidas, são resolvidas porque cuidaram de suas vidas ao invés de perder tempo julgando a vida dos outros. Acreditar que somos superiores, especiais e blindados pode nos dar a falsa permissão para julgar as pessoas e isso, além ser cruel é sinal de ignorância.

Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO.

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