quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

"CASEI E ME TORNEI A MÃE DO MEU MARIDO."



Parece chocante, mas é real e bem comum encontrarmos relacionamentos assim. Geralmente, esta é uma das consequências que se paga ao casar com o “filhinho da mamãe”, que pode estar associada a outras. 

Na prática, ele se afasta da genitora e a substitui pela esposa, de modo, que passa a ter duas mães: você e a sogra que te cobra tratá-lo de modo maternal tal qual ela faz. 

Pensa ai: é você quem decide tudo, dá conselhos, resolve os problemas que ele cria, assume todas as responsabilidades, gasta sua energia cuidando de tudo e quase nunca é cuidada? 

Assume os compromissos da relação e decide tudo, desde a roupa que ele vai vestir, o que ele pode ou não comer, até a compra da casa própria? Ainda é responsabilidade sua, colocar comida no prato, levar a tolha no banho, dar a medicação na hora certa e sempre acordar antes para preparar o café da manhã? 

Por certo, você já se gabou em contar que você é quem salva a relação e que sem você ele não vive, não consegue fazer nada. Enquanto cuida demasiadamente do outro, você vai esquecendo de cuidar de você. 

Com o tempo, isso que você chama de amor vira dependência e o que você chama de relação de parceria, vira relação de obrigações e sobrecargas. 

O seu cônjuge não desenvolve autonomia e você ao invés de cuidar, passar a manter o seu marido, sendo cúmplice dele. Saiba que relacionamento é para adultos, para quem já cresceu ou que está disposto a isso, embora os dois saibam que dá trabalho, e por isso, cada um deve fazer a sua parte. 

Reflita o porquê da necessidade de ser mãe e de cuidar o tempo todo de quem consegue e deve fazer por si. É medo que você tem sobre as escolhas que ele pode fazer? É porque você se sente frágil e carente e sendo assim, é melhor ter alguém que dependa de você do que não ter ninguém? 

Se ninguém e nem você mesmo, cuida de você, peço que reveja seu conceito sobre relacionamento. Salve -se!



Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO.

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