Geralmente, as
verdades mais doídas são aquelas que destroem as nossas ilusões, porém, crescer
implica em abrir mão de certas ilusões para lidar com as realidades que
precisamos encarar.
Nos tornamos
adultos a partir do que vivemos na infância, como experiências boas ou ruins
que nos envolvemos, entre estas, podem estar os sentimentos de rejeição e de
abandono. As situações que vivenciamos enquanto crianças, vão modelar a nossa
forma que atuamos como adultos. É por isso que elas se repetem. A diferença é que
não somos mais criança. Precisa -se elaborar.
Se estas
questões não se tornam conscientes, a tendência é repetir e repetir, na
tentativa de corrigir o que não foi bem elaborado na infância, projetando nas
pessoas e na relações em que se envolve. Sendo assim, investir em nós mesmos
nunca é um custo e sim investimento.
Desse modo,
acreditamos que o outro é que vai resolver nossa carência e nossa dependência.
Quando esse investimento não acontece, você se percebe revivendo situações com
as mesmas reações, com os mesmos sentimentos, com as mesmas dores, embora com
pessoas diferentes.
Embora você
decida, racionalmente que não vai mais fazer aquilo, ou ter tais atitudes, ou
fazer tais escolhas, não tem jeito: lá está você fazendo tudo de novo dando
vida a vínculos imaginários.
Compreenda: se
consciente você não nota isso é inconsciente que você repete. Para de tentar
vencer a si mesmo pelo cansaço.
Entenda que o
contexto se manterá o mesmo até que você tenha consciência e consiga mudar.
Faça terapia, mal não faz.
Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional,
psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação
especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor
universitário em Goiânia-GO.