sábado, 23 de abril de 2022

NA ESCOLHA AMOROSA, O OUTRO SERVE PARA SUBSTITUIR NOSSO IDEAL


Conviver com a falta, com a lacuna ou com o não ter, dói. Dói sobretudo porque há uma decepção sobre a projeção que criamos sobre as pessoas com as quais queremos nos relacionar.

Dói admitir, dói começar de novo e tentar mais uma vez. Passamos por tudo isso, porque conviver com essa não completude é aterrorizador.

Assim, a busca para preencher tal lacuna, é também a busca infindável por daquilo que deveria nos completar.

Essa busca pela alma gêmea que você escuta desde muito cedo é confrontada ao termos que admitir que se é um, somos um e não dois, somente um, e isso também dói.

Nessa tentativa de se completar com o outro é que vamos criando um sistema de trocas, onde não trocamos apenas coisas, objetos, regras sociais e permissões, mas, vamos nos trocando por um ideal que não alcançamos, mas substituídos por um ideal em favor do nosso próprio narcisismo.

Ao outro, eu dou o lugar daquilo que eu idealizei, como se fosse ele o responsável por me completar. E quando esse outro não completa, entramos em crise.


Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO.

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