quinta-feira, 20 de julho de 2023

PERFECCIONISMO: A ENFERMIDADE DA PERFEIÇÃO

Não esqueça: é preciso tentar ser leve o tempo todo, embora isso não seja uma atividade fácil. O perfeccionismo pode ser considerado um traço da nossa personalidade que busca desenfreadamente a excelência em tudo o que vai ser feito. Segundo a OMS, o perfeccionismo é identificado com um transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo, portanto, não é uma doença, mas é um problema.

No entanto, este comportamento praticado de forma exacerbada pode ser sintomas de uma vida pesada e com isso simbolizar um peso e assim, desencadear questões de ordem mental como insônia, fobias, depressão e principalmente a ansiedade.

Embora querer fazer tudo da melhor maneira possível e com a menor margem de erros pareça positivo, a médio prazo isso pode levar a comportamentos implacáveis e intolerantes consigo mesmo e com os outros. A busca pelo desempenho e resultados cada vez melhores vão se tornando insuportáveis e impraticáveis. Fazer bem feito deve sim ser um hábito do ser humano, porém, nesse sentido, o equilíbrio é o caminho para conciliar esse comportamento fazendo ele trabalhar ao seu favor.

O equilíbrio é necessário, pois ao tentar fazer com que tudo seja feito de forma perfeita, o sujeito tenta assim esconder a sua fragilidade, a sua humanidade, para evitar julgamentos, críticas, desaprovação e rejeição. Ao oposto disso, ele cria regras rígidas para si e para os outros e, com isso, corre o risco de ultrapassar o limite daquilo que é saudável e normal.

A busca pela perfeição faz com que o sujeito sinta-se incapaz, fraco, inseguro e frustrado, em especial quando não alcança aquilo que ele impôs a sim mesmo. É sempre duro demais consigo a ponto de não celebrar suas realizações, mesmo aquelas que não são perfeitas e/ou completas. Quase nunca que faz é suficiente.

Importante lembrar que somos humanos e tudo bem cometer erros e não ser perfeito. Viver é um processo e são nas falhas que evoluímos e crescemos.


Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO

 


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