terça-feira, 28 de abril de 2020

NÃO COBRE DO SEU PARCEIRO O AMOR QUE NÃO TE DERAM NA INFÂNCIA.




A maneira como somos amados na infância é fundamental para determinar a maneira como lidaremos com os nossos “amores” pelo resto das nossas vidas.

Em outras palavras, a criança precisa sentir-se amada, para assim, aprender a empatia desde cedo, para aprender a conhecer o seu amor próprio. É o afeto que recebemos na infância, que vai ser o termômetro para as relações adultas, ou seja, não desenvolvendo uma carência excessiva e patológica, nem, por outro lado, vendendo a imagem que somos imunes aos afetos comuns nas nossas relações.

É com as figuras maternas e paternas que vamos aprendendo a aprender o amor. Quando vamos crescendo, vamos encontrando dificuldades em ser amado e em amar, da mesma maneira que vamos encontrando dificuldades em eleger para quem vamos direcionar essa energia de cuidado e de querer bem.

Portanto, é fundamental que consigamos ir identificando essas lacunas deixadas na infância para que elas não atrapalhem a maneira como nos vemos e como nos cuidamos. Quando não temos essa consciência, colocamos no outro a obrigação de nos dar os sentimentos que não deram lá atrás.

O perigo reside quando não temos o discernimento de quem somos, e por isso, acreditamos que necessitamos excessivamente do reconhecimento, da valorização e do amor do nosso par, ou o contrário disso, quando acreditamos piamente que não precisamos do afeto de ninguém. Agindo assim, estamos tentando suprir e compensar a falta do amor e do afeto que nos faltaram na infância.

Então, carência demais pode nos levar a uma busca desgovernada por um “amor” só para suprir o nosso vazio, bem como, se imunizar aos afetos e às emoções, pode nos auto sabotar afastando a possibilidade de vínculos e afetos. Observe que o seu amor-próprio relaciona-se com o seu jeito de amar.

Não é importante apenas o amor que damos aos outros, mas sobretudo o amor que damos a nós mesmos.


Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO.

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