quarta-feira, 11 de novembro de 2009

BOA NOITE GIOVANA


Leia antes: http://paulo-veras.blogspot.com/2009/05/boa-noite-mariana.html


Já haviam passado 3 meses depois de haver lido no jornal, sobre o incêndio no 601, na avenida Limeira. Sentia-se desanimado nesses últimos dias e não sabia exatamente porque. Não saía de casa nas noites, não ia ao clube nos finais de semana, nem mesmo saiu com ninguém. Mário era uma pessoa caseira, mas há pequenos tempos, estava saindo de casa apenas por obrigação afinal era funcionário público e precisava cumprir com seus ofícios. 

Mas foi numa quinta-feira, durante o trabalho, que um dos seus amigos, lhe convidou para um aniversário que haveria no seu prédio. Era a comemoração de uma das moradoras do condomínio. Sentiu-se interessado e confirmou que iria sim na festa.
 

No dia seguinte saíram na hora do almoço para comprar o presente da aniversariante. Acertaram o horário e combinaram se encontrar na portaria do prédio, as 22h07 daquele sábado, que não sabiam, seria de muita chuva. Mário colocou sua jaqueta preta de couro importada, sapatos de couro, uma camiseta de lã por baixo, recolheu o presente e se foi. Na festa, muitos convidados e em sua maioria eram pessoas jovens.
 

Depois de apresentado a muitas delas, foi atraído pela simpatia de Giovanna, que vestia estilo colegial, com saia de pregas, sapatos e meia. Aparentava ter no máximo 22 anos. Sempre gostou de modelos assim, e logo estavam conversando a sós. Esperaram o bolo, cantaram parabéns, entregaram o presente, até dançaram alguma coisa, mas ela disse-lhe que precisava ir, pois estava na festa sozinha e já era tarde. Mário, ofereceu-se para levá-la em casa, e depois de muito insistir, ela concordou apenas em ser seguida por ele, pois também estava de carro.

Ainda chovia na madrugada e ela morava distante de onde estavam. Entrou no carro, ligou o aquecedor, colocou suas luvas pretas e disse estar frio demais, justificando essa atitude. Parou o carro em uma rua sem movimentos, jogou luz alta, ligou o pisca alerta alegando ter sido problemas na parte elétrica do veículo. Esperaram a chuva diminuir e no carro dele, amaram-se loucamente por mais de uma hora. Em seguida, saíram do carro, abriu o porta-malas do veiculo, depois abriu o capô e disse estar sem equipamentos para consertar o veículo.
 

Chamou-a ao seu veículo e a golpeou com 7 golpes no crânio, usando o macaco e a chave de rodas. Arrastou-a para seu carro, jogou-a no banco de motorista. Abriu sua bolsa, pegou seu batom e escreveu pelo lado de dentro: "Boa Noite Giovanna". As luvas sujas de sangue, jogou-as no banco do passageiro. Em seguida, já em casa, ligou pro seu amigo e disse ter amado a festa.


Paulo Veras é psicólogo clínico e organizacional e professor universitário em Goiânia-GO

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