
Nessa semana revi esse documentário/filme, acredito que pela 7ª vez. O mais impressionante é que o mesmo se torna novo todas as vezes. Marecelo Masagão foi quem produziu essa obra em 1998 e logo em seguida, foi premiado no Festival de Gramado-RS. Marcelo partiu da História e da Psicanálise para fazer as montagens do filme, usando cenas do século XX. Possui uma trilha sonora muito especial e não possui uma só palavra durante todo o filme.
Mas só por isso, já seria uma grande obra. O que de fato é espetacular no filme é a forma como é trabalhada a questão da morte. O autor, grava algumas cenas no portal de um pequeno cemitério e a sensibilidade como as imagens são colocadas, nos levam a pensar muito sobre o sentido da vida, embora o mesmo fale de morte.
Quando Marcelo, toca em um dos assuntos mais importantes para o ser humano que é a morte, e que ao mesmo tempo é um assunto onde poucos gostam de falar, ele nos leva a ver a relação vida/morte com outros olhos. Nos é oferecido uma reflexão sobre as mazelas, maldades e corrida ambiciosa do homem enquanto vida, ao mesmo tempo que nos diz: Tudo acaba lá, no cemitério.
Nem por isso, alguns diriam; "Se o fim é um só, porque então trabalhar, viver, conquistar, lutar..." Pelo contrário! O filme nos diz: "Já que o futuro é um só, vamos então ser bom, lutar, fazer o bem, amar e deixar um legado de paz". É como, se, quando vermos lá homens e mulheres do seculo XX e o seu legado, perguntássemos: "E eu?"
No fim, todos estão lá. No fim, todos se igualam. No fim, todos precisam elaborar o luto. No filme, o autor consegue trazer a fragilidade da humanidade, e os frágeis limites que todos nós somos submetidos todos os dias, embora achando que somos fortes demais. Pra entender o sentido da vida, precisamos de vez em quando, tentar enteder o sentido da morte. afinal, Freud nos alertou que passamos toda a vida, buscando por ela. Sobrevivemos por um fio. O filme, tenta nos passar toda essa realidade.
Fica então, minha indicação. Se o fores assistir, assista sem armas; veja-o desarmado. Se preciso for, use o pause varias vezes. O assunto não é trasch, não é assustador. O assunto é necessário.
Paulo Veras é psicólogo clínico e organizacional e professor universitário em Goiânia-GO.
Mas só por isso, já seria uma grande obra. O que de fato é espetacular no filme é a forma como é trabalhada a questão da morte. O autor, grava algumas cenas no portal de um pequeno cemitério e a sensibilidade como as imagens são colocadas, nos levam a pensar muito sobre o sentido da vida, embora o mesmo fale de morte.
Quando Marcelo, toca em um dos assuntos mais importantes para o ser humano que é a morte, e que ao mesmo tempo é um assunto onde poucos gostam de falar, ele nos leva a ver a relação vida/morte com outros olhos. Nos é oferecido uma reflexão sobre as mazelas, maldades e corrida ambiciosa do homem enquanto vida, ao mesmo tempo que nos diz: Tudo acaba lá, no cemitério.
Nem por isso, alguns diriam; "Se o fim é um só, porque então trabalhar, viver, conquistar, lutar..." Pelo contrário! O filme nos diz: "Já que o futuro é um só, vamos então ser bom, lutar, fazer o bem, amar e deixar um legado de paz". É como, se, quando vermos lá homens e mulheres do seculo XX e o seu legado, perguntássemos: "E eu?"
No fim, todos estão lá. No fim, todos se igualam. No fim, todos precisam elaborar o luto. No filme, o autor consegue trazer a fragilidade da humanidade, e os frágeis limites que todos nós somos submetidos todos os dias, embora achando que somos fortes demais. Pra entender o sentido da vida, precisamos de vez em quando, tentar enteder o sentido da morte. afinal, Freud nos alertou que passamos toda a vida, buscando por ela. Sobrevivemos por um fio. O filme, tenta nos passar toda essa realidade.
Fica então, minha indicação. Se o fores assistir, assista sem armas; veja-o desarmado. Se preciso for, use o pause varias vezes. O assunto não é trasch, não é assustador. O assunto é necessário.
Paulo Veras é psicólogo clínico e organizacional e professor universitário em Goiânia-GO.