quinta-feira, 10 de março de 2011

PESSOAS MELÃO

Banalizar as pessoas como frutas, tem sido uma constante na mídia e nos meios sociais. Hoje, vemos morangos, melancias, bananas, peras... e uma infinidade de outros adjetivos. Cada vez mais, coisificamos os seres e damos vida às coisas, isto é, cada vez mais o futil ganha vida, em detrimento do útil.

Mas se analisarmos com cuidado os nomes que se colocam às pessoas, encontraremos que há muita verdade nisso.  E queria que pensássemos nesse esrito, em um certo tipo de pessoas que todos nós cohecemos. Aqui, coloco o nome de pessoas melão, porque são sempre embotadas de vida, sabores e cor. O melão quase sempre é assim. 

Há pessoas que nos rodeiam, que quase sempre não agregam nada com sua presença, cometários e opinião. São facilmente esquecidas pelas pessoas e quase sempre, sufocadas por outras. Essas pessoas, possuem uma dificuldade enorme em expressar seus sentimentos e emoções e por isso mesmo deixam de lado a oportunidade de marcarem com sua presença, a vida de uma pessoa.

Existem vários comportamentos que fundamentam uma pessoa com atitudes de melão, assim como há várias formas de se cultivar melões. Um bom melão, se conhece pela cor, formato, cheiro e peso. Assim são as pessoas.  Precisam de cor, textura, vida, sabor, cheiro, envolvimento... Não estou afirmando que melão, seja a pior das furtas. Quero dizer que  a calda e a carne suave do melão, fazem com que ele tenha muitos adeptos. Para os melões humanos há também os que prezam e partilham suas mazelas e vitórias. 

Viver e relacionar, exige uma decisão de peso maior. Passar pela vida somente não deve ser permitido para pessoas que querem ser muito mais que melão de fim de feira: sem cor, sem preço, sem sabor e machucados. Pessoas melão, tem o prazer de nunca serem intensos: não choram muito, não gozam muito, não perdem nada, mas também não ganham nada. Por medo de perder, não arriscam; por medo de sofrer por amor, evitam amar. Por medo de desafios, não abrem mão do antigo emprego. Por medo do preconceito bobo, nunca dizem sim ao novo e ao desconhecido.

Pessoas assim, acabam sendo mistura do melão com presunto em um insólito café da manhã. Se contentam com a calda espessa e rala que a vida nos oferece todos os dias, em rodas e bate papos sem fins; em utopias que nos cegam sem valores e por fim, nas amizades que nunca somam, nem agregam valor à nossa constituição de ser.

Melão não, obrigado! 


Paulo Veras é psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, especialista em educação especial e inclusiva e professor universitário em Goiânia-GO.
 

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