quarta-feira, 10 de agosto de 2022

TODA GRANDEZA É PASSAGEIRA

 


É sempre bom não esquecer que a grandeza é uma experiência do tempo, portanto, transitória. Ela nunca é constante e nem dura para sempre. Somos momentos. Ela, a ideia da grandeza, é em grande parte criada pela imaginação daquele, que por algum motivo se sente superior aos outros, seja pelo seu cargo, cor de sua pela, pelo corpo, pela conta bancária, pelo currículo e até pela posição na fila em que se encontra.


O bom seria se pessoas que em alguém momento se sintam grandes, enxergassem a mentira na qual estão inseridas. Esse seria o caminho ideal para perceberem o quanto isso é efêmero e fruto da projeção criada em resposta à fraqueza e insegurança que elas mesmas possuem. Sim, àqueles que se dizem grandes e superiores, sofrem com a sua inferioridade e aceitação.


O perigo ao manejar essa síndrome do pequeno poder é que a vida real, vai desaparecendo para a predominância de outra forma de relação. Há alterações na forma de ver a vida e obviamente, há a mudança dos sentimentos e daqueles com quem se relaciona. Existe uma condição humana que é igual para todos que vai sendo esquecida e sobreposta pelo poder, ainda que passageiro. A falsa grandeza, muitas vezes, faz com que a pessoa que humilha ou maltrata alguém, não tenha empatia com o sofrimento alheio e, por isso, ela não se dá conta do que está ocasionando ao outro.


Esquece-se das responsabilidades afetivas, confundindo em muitos casos honestidade com reciprocidade e respeito com pena ou dó. O falso poder vai fazendo com que o outro deixe de ser real e assim, não percebe que o que não significa nada para ele, pode significar muito para o outro.

Portanto é importante estabelecer vínculos com quem trata todos com generosidade e respeito, independente de posições ou do que elas podem oferecer. Manter contatos com pessoas que não se incomodam com status, com aquilo que possuem, que preservam o SER e não somente o TER.

Por fim, sua falsa grandeza não te torna melhor, maior e não te dá, na verdade, nenhum privilégio.

 

Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO.

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