É comum as pessoas me falarem do mal estar que sentem quando
são comparadas com outras pessoas ou quando elas mesmas se comparam com aqueles
que a cercam. As comparações de um modo geral, são feitas pela projeção que
fazemos das pessoas e não necessariamente da realidade em que elas vivem.
Portanto, a comparação que fazemos das outras pessoas, ou que
fazem de nós é sempre uma inverdade, uma vez que só conhecemos parte da
realidade do outro.
Além da perda do tempo e da energia psíquica que temos quando
nos comparamos, precisamos entender que cada ser humano é único e, comparar-nos
aos outros é uma tentativa de anular a nossa realidade em função da realidade
do outro.
Esta tentativa faz com que aos poucos, algumas pessoas vão
perdendo a sua identidade, chegando ao ponto de suas atitudes e suas decisões
serem sempre ditadas pelo outro. É bobagem pensar que a realidade do outro é
melhor do que a nossa. Pode até ser, mas não é a nossa. Sofrer por aquilo que
não é seu é uma demonstração clara de falta de maturidade e de ingenuidade.
Aprenda uma verdade: superar a si mesmo é melhor do que
comparar-se aos outros. Se houver necessidade de comparações, compare com você
mesmo no passado. Faça sempre o exercício de ver a pessoa que você era e a
pessoa que tem se tornado.
A partir desta conta, você saberá o que fazer com este
resultado, saberá quais serão as melhores atitudes a ser tomadas e as
consequências que elas trarão. Use a sua própria régua para medir a si mesmo.
Aprenda a valorizar suas pequenas mudanças e seus pequenos
crescimentos. Saiba que um crescimento mínimo que seja em você é melhor que uma
grande mudança no outro.
Paulo Veras é psicólogo clínico e organizacional,
psicanalista, pedagogo, escreve e faz palestras, especialista em educação
especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor
universitário em Goiânia-GO.
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