quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

SE FAZER DE VÍTIMA REVELA MAIS UMA NECESSIDADE DE PLATEIA DO QUE DE AJUDA

 


Se fazer de vítima é um papel muito fácil de exercer, isso porque há sempre situações que sugerem isso: nos empregos, nas relações, na família, nos seus parceiros e até nos seus aliados. Por isso não é raro ouvirmos pessoas falarem com revolta, sobre o modo como as pessoas agiram com elas.


É natural, que aquele que se faz de vítima saia contando ao maior número de pessoas sobre o seu sofrimento e seus dissabores, para desse modo despertar o sentimento de pena e de amor daqueles que a rodeiam. É fazendo com que seus aliados fiquem contra aqueles que o magoaram, que ele vai se sentindo acolhido e amparado, ou seja, sendo vítima.


Existem benefícios para que a pessoa fique sempre repetindo esse papel. Talvez o mais importante deles, é que, aquele se faz de vítima, vai sempre responsabilizando o outro pelo seu sofrimento e pela suposta situação em que se encontra. Sendo assim, é comum as pessoas se sentirem obrigadas a reparar ou corrigir a dor que causou. Ele precisa de plateia, de aliados e de alguém que o defenda.


Sempre joga sobre o outro a responsabilidade pelo que aconteceu ou pelo que quer que aconteça. As relações vão ficando sempre muito dependentes, pesadas e a sempre condiciona sua mudança: quando o outro fizer isso, quando o outro fizer aquilo, quando me pedir desculpas, quando o outro mudar... e assim, se fazendo de vítima o tempo todo, o tempo vai passando sem mudanças e sem melhorias.


Quem de fato é vítima e precisa de ajuda, deve agir de outra maneira. Este, busca ajuda e não plateia ou aliados. Sempre vê algo que pode fazer para que a situação se resolva. Busca encontrar consciência para fazer algo, que dependa apenas dele mesmo o invés de ficar encontrando culpados. Desenvolve a habilidade de não buscar culpados e de desenvolver sua autonomia, para se sentir melhor, para através de suas próprias mãos, ou de fato, através de uma ajuda verdadeira.

 

Paulo Veras é mestre em educação, psicólogo clínico e organizacional, psicanalista, pedagogo, escritor e faz palestras, especialista em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e professor universitário em Goiânia-GO.


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