Na realidade, aquela mesma, que às vezes é bem
dura e difícil, sabemos que é muito frustrante quando depositamos as nossas
expectativas nas pessoas e elas nos frustram. Esta relação é de mão dupla, e
dói também quando decepcionamos os outros.
As relação são feitas assim e a verdade é que algumas
pessoas vão nos decepcionar sempre e nós vamos decepcionar outras. Precisamos
aprender a não atribuir a ninguém a responsabilidade de nos fazer feliz.
A nossa felicidade é responsabilidade nossa,
exclusivamente nossa e de fato, não é a informação mais confortável que vamos
descobrindo. Desde muito cedo, somos ensinados a ter sempre a aprovação e o
mimo do outro. Grande parte de nossas dores emocionais decorrem desta
frustração.
Claro que grande parte de nossas alegrias são
frutos também das relações que estabelecemos com outras pessoas, sejam no
trabalho, nas relações amorosas ou nas nossas amizades. Mas se não estivermos
bem conosco mesmo, nada disso terá valor. Deve sempre partir de mim, aquilo que
busco ter e viver.
Todos os contatos que vamos construindo, vão
fazendo as nossas relações. Estas relações no entanto, só poderão ser bem
sucedidas se eu estiver aberto a receber o que elas podem me oferecer.
Portanto, pensar tão somente que o outro sozinho é o responsável pela nossa
felicidade, faz nos prender aos nossos ideais e as nossas expectativas e o
outro não tem a obrigação de corresponde-las.
Se analisarmos com calma, vamos percebendo as
várias oportunidades que perdemos para ser mais feliz ou pelos menos, para ter
um pouco mais de alegria, mas deixamos a cargo do outro e este outro ideal, não
existe.
Paulo Veras é psicólogo clínico e
organizacional, psicanalista, pedagogo, escreve e faz palestras, especialista
em educação especial e inclusiva, especialista em docência do ensino superior e
professor universitário em Goiânia-GO.
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